Principais Erros do INSS e Como Evitar Prejuízos

Os 10 Principais Erros do INSS na Concessão de Benefícios – E o que o Aposentado Precisa Observar

Por Fernanda S. Santos – Advogada Especialista em Direito Previdenciário 

SSantos Advogados – 23 anos de atuação ao lado dos aposentados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável por analisar e conceder aposentadorias, pensões e demais benefícios previdenciários no Brasil. 

Porém, erros no cálculo ou na análise de requisitos são mais comuns do que muitos imaginam. 

Essas falhas podem reduzir o valor da renda mensal, atrasar o início do pagamento ou até resultar na negativa injusta de um benefício. 

Ao longo da minha experiência atendendo aposentados e pensionistas em todo o país, identifiquei padrões nos equívocos cometidos pelo INSS. A seguir, listo os principais erros e o que o segurado precisa observar para garantir seus direitos.

1. Não contabilizar todos os períodos de contribuição

Um dos erros mais recorrentes é desconsiderar vínculos empregatícios ou períodos de contribuição ao INSS, especialmente: 

  • Trabalho informal com contribuição como autônomo.
  • Atividades rurais
  • Períodos militares.
  • Tempo especial (atividade insalubre ou perigosa).

📌 Atenção: Sempre solicite o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e confira se todas as contribuições estão registradas corretamente. 

2. Erro na contagem de tempo especial

O tempo especial garante aposentadoria antecipada ou acréscimo no tempo comum, mas o INSS frequentemente: 

  • Não reconhece exposição a agentes nocivos.
  • Desconsidera laudos ou PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário).
  • Aplica regras restritivas que não estavam vigentes na época do trabalho.

📌 Atenção: Se trabalhou exposto a calor, ruído, produtos químicos ou eletricidade, é essencial ter laudos técnicos e comprovar a exposição. 

3. Aplicação incorreta da regra de transição

Após a Reforma da Previdência (EC 103/2019), muitas aposentadorias passaram a seguir regras de transição. O INSS, no entanto, muitas vezes: 

  • Aplica apenas uma regra, sem verificar se outra mais vantajosa se aplica ao segurado. 
  • Erra no cálculo do pedágio ou pontos.

📌 Atenção: É direito do segurado optar pela regra mais vantajosa. Um advogado previdenciário pode calcular todas as possibilidades. 

4. Cálculo errado do valor da aposentadoria

Outro problema grave é a aplicação incorreta da fórmula de cálculo:

  • Exclusão ou inclusão indevida de contribuições baixas.
  • Erro no divisor mínimo.
  • Falha na atualização monetária dos salários de contribuição.

📌 Atenção: Confira se o valor foi calculado com base em todos os salários de contribuição, devidamente corrigidos. 

5. Desconsiderar contribuições após a DER

A DER (Data de Entrada do Requerimento) é o marco inicial do pedido. O INSS frequentemente não atualiza o cálculo com as contribuições feitas após a DER, especialmente quando há demora na análise. 

📌 Atenção: É possível reafirmar a DER para incluir novas contribuições e aumentar o valor do benefício.

6. Erros em benefícios por incapacidade

Nos casos de auxíliodoença, aposentadoria por invalidez ou BPC/LOAS, o INSS costuma: 

  • Negar por laudos médicos superficiais.
  • Desconsiderar exames complementares.
  • Não reconhecer agravamento de doença.

📌 Atenção: Sempre guarde relatórios médicos, exames e receitas. Eles são fundamentais para recurso ou ação judicial. 

7. Não reconhecer direito adquirido

Muitos segurados já tinham completado os requisitos antes da Reforma da Previdência, mas o INSS aplica as regras novas, menos vantajosas. 

📌 Atenção: Guarde comprovantes de tempo e contribuições que demonstrem que os requisitos foram cumpridos antes da mudança na lei. 

8. Erro na pensão por morte

No cálculo da pensão por morte, o INSS pode:

  • Reduzir indevidamente a cota
  • Errar na base de cálculo do benefício original
  • Negar o direito a dependentes habilitados

📌 Atenção: Verifique se o cálculo respeita o percentual correto e se todos os dependentes foram incluídos. 

9. Não considerar atividades concomitantes

Quem exerceu mais de uma atividade remunerada pode ter direito a acúmulo de salários de contribuição. O INSS frequentemente desconsidera ou soma de forma incorreta. 

📌 Atenção: Solicite a conferência de todos os vínculos e salários no cálculo.

10. Demora excessiva na análise

Embora não seja um erro de cálculo, a morosidade do INSS pode gerar prejuízos financeiros. A lei estabelece prazo para análise, mas, na prática, muitos segurados aguardam meses ou anos. 

📌 Atenção: Caso o prazo legal seja descumprido, é possível acionar judicialmente para garantir a decisão. 

Conclusão

O aposentado ou pensionista não deve confiar cegamente no cálculo ou na decisão do INSS. Erros acontecem com frequência e podem reduzir o valor do benefício ou até impedir a concessão. 

A melhor forma de se proteger é:

  • Conferir todos os documentos e cálculos
  • Solicitar cópia integral do processo administrativo
  • Consultar um advogado especialista para simular o benefício e verificar a existência de direitos não reconhecidos

💬 Se você já recebe aposentadoria ou teve benefício negado, pode estar perdendo dinheiro sem saber. 

Fale com a nossa equipe e receba uma análise completa do seu caso.

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